Durante a primeira metade do século XIX, impulsionada pelos avanços tecnológicos da era industrial, a população das grandes cidades dobrou. Para se ter uma idéia, Londres passou de 1 para 2,3 milhões de habitantes nesse momento. Absurdos como corpos sendo jogados dentro do sistema de esgoto recém inaugurado e covas com corpos ainda em decomposição sendo reabertas e utilizadas novamente, eram fatos comuns naquela época.
Os Sete Magníficos são sete cemitérios construídos em Londres, entre 1832 e 1841, para solucionar a superlotação de enterros nas paróquias, que eram realizados dentro das igrejas. Com a chegada do vírus do cólera na Europa, houve superlotação nos cemitérios dessas igrejas e a conseqüente contaminação dos lençóis d’água subterrâneos, além do aumento de epidemias
Aprovada pelo parlamento, uma lei de 1832 encorajou a construção de cemitérios privados e, em menos de uma década, foram criados os seguintes cemitérios (os quais receberam a denominação de “Os Sete Magníficos”, pelo historiador Higler Meller em 1981, inspirado no filme homônimo de faroeste): Cemitério de Kensal Green (1932), Cemitério de West Norwood (1837), Cemitério de Highgate (1839), Cemitério de Abney Park (1840), Cemitério de Nunhead (1840), Cemitério de Bromptom ( 1840) e o Cemitério de Tower Hamlets (1841).
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Sete_Magn%C3%ADficos,_Londres
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Sete_Magn%C3%ADficos,_Londres
Cemitério de Kensal Green
Localizado entre as regiões administrativas de Kensigton and Chelsea e Hammersmith and Fulham, Kensal Green é o mais antigo dos sete cemitérios. Foi fundado primeiramente com o curioso nome de “Cemitério de Todas as Almas”, e tornou-se o primeiro cemitério com fins lucrativos no mundo.
Kensal Green só foi consagrado em 1933 e ainda está em funcionamento, apesar de ter, atualmente, mais cremações que enterros. Além disso, o primeiro cemitério, fora das igrejas de Londres serviu de modelo não só arquitetônico mas também administrativo para muito projetos de cemitérios privados britânicos daquela época.
O cemitério tem um lay-out completamente segregacionista, mas que foi muito bem aceito e difundido à época. Logo em sua entrada nota-se um caminho que se divide em dois: o da esquerda leva ao túmulos de “turcos, judeus, infiéis e hereges” e o da direita às sepulturas consagradas. Estão enterradas em Kensal Green mais de 250 mil pessoas em 65 mil sepulturas, incluindo mais de 500 membros na nobreza britânica e outras 550 pessoas famosas. Entre outras, podemos citar: Príncipe Augusto Frederico, Princesa Sofia, Duque de Cambridge, Freddie Mercury (cremado lá e suas cinzas lançadas às margens do Lago de Genebra) e Ingrid Bergman (também cremada lá e suas cinzas sepultadas na Suécia).